Outras obras

Mandala da primavera -1,10m de diâmetro - acrílica sobre tela


Casas de Vidro é uma tela inspirada no poema de Raïssa Maritain - Le Lac - traduzido por Cesar Xavier Bastos, em seu livro Poemas e Ensaios (p.113), o qual transcrevo abaixo.

O Lago
 
O lago cheio de casas de vidro
Acalentado por sua massa frágil
Abrigo das almas sinceras
Que o habitam como ilha
Desde muito tempo em silêncio

A lua e o céu nele se movem 
Ramos entram pelas janelas
Velas agitadas nele se refletem

E as almas se lembram 
De aventuras muito antigas
Nas casas da terra

Raïssa Maritain



Casas de Vidro - 0,90m x 0,70m - acrílica sobre tela


As telas abaixo inspiram-se em um poema escrito em francês, por Murilo Mendes, em Maio de 1955 - Papier. Tradução de César Xavier Bastos em 2001, Juiz de Fora - MG.


Saudação à Arpad Szenes

Nos intervalos do branco,
Nos escuros espelhos do branco,
Nos palácios do branco, 
Negros, cinzentos e amarelos,
Eu te encontro espírito,
Sombra real, concreta,
De cristais superpostos,
De finas espadas.

Eu te deduzo
Da convexidade dos espelhos;
Da estrela dos cristais
Que se unem, brancos,
Para um exemplo único,
Para um silêncio único,
Um amor conciso,
Uma só eternidade tirada
Desta terra mesmo,
Deste espaço domado:


Átomo puro
Cujos traços desaparecem
Nos labrintos negros do branco;
Átomo igual a ele mesmo
Pela ascese e o rigor do branco. 


Murilo Mendes



Rachaduras do branco - 1m x 0,80 m - acrílica sobre tela



Silêncio único - 1 m x 0,70 m - acrílica sobre tela




"A arte é infinitude na finitude"

"A arte é infinitude na finitude"
Poesia de inverno - 60 x 80 cm - acrílica sobre tela